sexta-feira, 12 de junho de 2020

ao vento


ausente da seara,
na noite silenciosa,
o vento.
e um mundo de espuma nas mãos
vagas junto à luz, vulturnus
que conta e canta o canto
longo poema por escrever
próximo e distante
reunido e disperso
aos quatro pontos cardeais
Éolo desperta
violento, suave, tempestuoso e quente
Bóreas, Zéfiro, Euro e Noto
ilusórios mitológicos
num só, uno sopro
filhos do céu e da terra
uivando

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