um paliativo de cada vez
meu pai está a morrer.
O senhor da cama ao lado dorme
e um sol imenso inunda o quarto de luz.
hora de almoço
chegam ao quarto, vindos do corredor,
cheiro a sopa, café, éter
vozes, conversas e risos
"Então! vamos comer?"
alimenta-se a vida,
finta-se a morte,
dá-se amor,
uma colher de cada vez.
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