Os gestos do sol, da luz
que te ilumina o corpo,
o lume nas mãos
fogueira ardendo
desfolhando a tarde mansa
e dentro dos olhos uma seara,
ainda em abrigo, tímida
ondulante ao vento
norte que nos quer e nos crê vivos.
A sul o sal selando feridas
e uma braçada de flores
ainda por nascer
um querer embargado
na garganta crescendo,
longe, pairando, mudo e
consagrado à primavera,
quimera
incontrolável, diáfana, divina
como tudo o que se quer infinito.
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