A poesia é amor não consumado que consome
é isso que faz regressar sempre às letras quem escreve.
Negar o silêncio para dar voz ao mar, ao vento
negar o inverno para semear a primavera
apagar as luzes para acender a noite, as estrelas.
Saber existir na alma um universo transbordante
e ficar sempre aquém de o expressar
restando ao impulso interminável
fugidio e sem instante definido - o poema
em acto único, arder em fogo lento.
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