quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

palavras

Pensei que seria agora
pensei que morressem
soterradas 
em cada pá de terra
cobrindo a cova funda
pensei que morressem.
Pensei que do lado mais negro
da minha alma
se erguesse um silêncio fundo
e as levasse uma a uma.
Ainda que as contorça em erro e caos,
que as envolva em derme de ténue talento, frágil
e não domine, o tempo o verbo, o pensamento
prefiro que me firam do que se calem
que sejam sangue, sal, mar
vida... tão mais. Muito além de mim.

terrível fraqueza a força das palavras...


Sem comentários:

Enviar um comentário