Não se pode aprisionar a escrita.
Caprichosamente ela acontece
quando e onde quer,
desperta insidiosa
sem controlo,
domina, força, invade
revela-se verdade perante nós
mesmo antes da razão saber.
Escolhe o tema, murmura
devassa os silêncios
conjuga o ser.
Sente-te. Vive em ti, respira.
Depois, evade-se,
parte para o mundo
faz-se texto, poema
e regressa, quase sempre,
vestida de outras palavras
para voltar a nascer
para voltar a ser
escrita
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