quarta-feira, 9 de outubro de 2013

...

Não se pode aprisionar a escrita.
Caprichosamente ela acontece
quando e onde quer,
desperta insidiosa
sem controlo,
domina, força, invade
revela-se verdade perante nós
mesmo antes da razão saber.

Escolhe o tema, murmura
devassa os silêncios
conjuga o ser.

Sente-te. Vive em ti, respira.
Depois, evade-se,
parte para o mundo
faz-se texto, poema
e regressa, quase sempre,
vestida de outras palavras
para voltar a nascer
para voltar a ser 

escrita


Sem comentários:

Enviar um comentário