Uma estrada ladeada de
árvores com copas vestidas de Outono que cobrem de margem a margem o caminho.
Dourado, vermelho-fogo, amarelo-sol, tingem as folhas que suavemente se
desprendem dos ramos e caiem sobre o asfalto. O caminho, zig-zag sempre a subir.
No topo, um planalto fustigado pelo vento, a paisagem passa da densa folhagem para a escassez de vegetação. Num solo ríspido crescem ervas pálidas que rapidamente se tornam indolentes. Ali pouco resiste à geada de inverno e à força de um vento constante.
Ao longe um conjunto de casas amarinha, do vale ao topo, o
monte vizinho e todo ele é iluminado pelo sol de Outono. Campos fartos, hortas,
árvores douradas e forragens. Mas naquele planalto não. O sol não o banha e não
o cobre de verde nem dourado. Ali, não cresce, não vinga a semente mais
aventureira.No topo, um planalto fustigado pelo vento, a paisagem passa da densa folhagem para a escassez de vegetação. Num solo ríspido crescem ervas pálidas que rapidamente se tornam indolentes. Ali pouco resiste à geada de inverno e à força de um vento constante.
Mas no meio de todo aquele inóspito terreno, um pouco longe da estrada, resiste uma só árvore, pequena é certo e de crescimento torpe, resiste. Não é bonita. Uma rajada de vento logo a despe das poucas folhas que ainda restam do tempo quente e ali fica só tronco e ramos, braços, estendidos ao céu claro da tarde de outono.
E no leitor toca isto... Janis Joplin - little girl blue
[Vou comer as primeiras castanhas do ano (não esquecer de pedir um desejo)...]
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