quarta-feira, 15 de abril de 2015


margarida

margarida amava como uma flor
os olhos e o rosto errado
e prendeu o coração em porto vão
e abriu as mãos a vãs promessas
e perdeu-se no caminho...

peito aberto ao sol
olhos miau, mas tudo o resto,
o corpo, vestia-o de inocência
a carne despi-a,
convidava a deitar
mas nunca a dormir
deu-se à noite em pleno dia
numa qualquer esquina
em qualquer cidade
neste ou noutro país
margaridas são sempre flores.

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