silêncio
tudo dorme e arrefece
a noite, quieta
dedilhando a escuridão
pega-lhe fogo nas vestes
ainda quentes do sol ausente
vermelho
com que cobre o horizonte
esgravatando o ventre
aberto da aurora
e tudo é embuste e pardo
no clarão da candura
beija-lhe a fronte
mesmo à beira do dia
e deixa-se ir
exangue.
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