quinta-feira, 16 de outubro de 2014

pós-guerra

em dias de guerra planto flores
e desenhos outonos
folhas ao  vento, asas e borboletas
escrevo poemas de amor
aos poetas mortos e aos vivos também.

em dias de guerra é quando adoço a voz
falo baixinho, abrando o ritmo,
não corro, desligo o mundo
bebo café, chá em pequenos goles
colho limões amargos, laranjas doces
acendo velas de baunilha e música de fundo.

em dias de guerra a noite foi uma navalha
longa, cheia de despedidas
e a alma em escombros desperta feliz
só por ver nascer o sol, a luz do dia.

em dias de guerra meu corpo pede paz...

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