De tudo o que possamos escrever
nunca seremos nós, ser total e inteiro,
longe sempre da palavra cheia, a alma.
O pensamento sempre vive
além do muro feito corpo
que aprisiona a nossa interioridade,
e mesmo que o abismo da alma
se desenhe em aparente vão
nunca, nada é total vácuo
ou vã ausência.
Se pudermos dar-nos num só vocábulo
que o seja, ainda que nunca a
alma se derrame ou se transmute
que fique o gesto, para lá da escrita,
a veia, o sangue.
Sem comentários:
Enviar um comentário