segunda-feira, 7 de julho de 2014

todos
viemos do mesmo
forjados no mesmo pó
estelar, simples terra
e todavia queremos ser
sempre mais
sempre palavra, verso
sempre pedra, pilar, chão,
sempre vento, fogo, sal
dedos, pele, seiva, sabor
sempre para além do papel
perante o ser e no que cremos
sempre o que nos move
diante o inesperado
poema,
ficar calado,
é morrer.

"Memento, homo, quia pulvis es, et in pulverem reverteris"

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