quarta-feira, 28 de maio de 2014

invocação da manhã

quando chegar o limite
onde a terra encontra o mar
e em diálogo as nuvens
e as marés se concedam neblinas
as palavras não serão mais abstractas
mas ondas lentas crescendo
lavrando as águas.
No horizonte
as velas adivinhando vento
desenharão novas viagens, no mapa,
nas linhas das palmas das mãos
abertas à escuridão quebrada
para ver surgir das águas
qual nereide despertando
a manhã clara.

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