quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Verbum volat, scriptum manet

ainda que tudo morra
finde, definhe, tombe
a palavra não morre
ressuscita
nas mãos, braços, bocas
nas linhas escritas
renasce. toca
em sopro breve
acendendo a alma
como quem afaga o corpo

o corpo frio
um frio de morte por dentro dos olhos
nos ossos, na carne que acompanha os dias
uma adrenalina gelada que consume as veias
a alma combativa, vigilante em estado de alerta.

e a noite cobre o corpo e o verbo vive
vibra, vence em jugo
a resistência

escrevo.

Sem comentários:

Enviar um comentário