tenho o coração transplantado
em casa de folhas, de vento, fora de abrigo
vive no corpo que visto ao amanhecer
levo-o comigo todos os dias no bolso
onde afundo as mãos, cingindo os dedos em volta
à noite regressa quase sempre em farrapos.
hoje chove lá fora nas casas feitas de cartão...
Sem comentários:
Enviar um comentário