Quando alguém está a morrer, nos hospitais, fala-se muito em dignidade. Quando esta palavra surge nas conversas médicas sabemos que apenas se protela uma situação final.
Pois, pois, com muita dignidade mas mortos.
Aprendi a abominar a palavra.
Nas últimas 24horas esta palavra (dignidade ou a falta desta) está a ser aplicada amiúde para falar de um governo que estando falecido há muito insiste em ficar agarrado à máquina (do poder) autoventilando-se. Este sim deveria ser acometido de um episódio agudo de dignidade. O estertor é ruidoso arrastando-se e a irracionalidade é de tal ordem que o menino filho da (sua) mãe, orgulhosamente só, jaz morto mas não arrefece ...
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