Subitamente morreu.
Já não me acorda, pela manhã,
com sussurros ao ouvido
e não se faz ouvir nas longas noites.
Não corre ao meu encontro
arfante, revolta, gentil, cortante,
não me espera de emboscada.
Não me acompanha os dias.
Silenciosa, vai partindo.
Não sibila, segreda, cicia,
já não dita para que eu escreva,
já não fala para que eu ouça.
Não se faz palavra, nem verso,
já não me ocupa as mãos.
Possa ela dormir, o que não durmo,
e descansar, a poesia.
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