Neste preciso momento
se fumasse, fumaria muito
se bebesse, beberia muito
se tivesse vícios, teria todos,
em número. Quantidade e qualidade
que se isto é para o vício, então
que seja até ao sabugo
roendo as unhas, nervosamente
mordendo as peles em volta,
que todos os pecados são meus.
Gula pela vida,
paixão, que a vida sem ela nada é
Ira, revolta, pelo sofrimento humano que povoa os dias,
sede avida de justiça e verdade
Preguiça, chamar a mim o ócio, impossível
dizer não ao trabalho, porque tudo é (re)construção
Inveja, ciúme tolo do sol, da lua e estrelas... lá no alto
Vaidade, total orgulho deste Povo
que canta fraternidade, igualdade,
entre portas, perfeita acústica,
harmonia, as vozes em coro,
enchendo as ruas gritando. Democracia.
A luta, responsabilizando os rostos,
olhando nos olhos
chamando pelo nome próprio,
os tiranos, onde o medo também pode habitar.
Sejamos então viciados no querer
que a vontade pode muito,
pode tudo se assim o quiser.
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