Somos danos colaterais.
Não existem caminhos pré definidos ou trilhados. Tudo está, sempre, por fazer.
Mas desengane-se quem acha que controla, na totalidade, o seu percurso. Isto não invalida que cada um de nós seja responsável pelas opções e pelo caminho que vai desenhando a cada passo que dá, e o efeito nas vidas que toca, pelas decisões que toma. E o erro também não é irrelevante nesta equação . Acertar, errar, cair, corrigir/levantar e seguir também faz parte do caminho. Há que ter consciência que só somos donos de nós até… mas que temos a liberdade, o direito, o dever de ser responsáveis pelos nossos actos.
Como parte de um todo (que ainda não sei qual é) somos grãos de areia num imenso universo para o qual a nossa existência é irrelevante mas que é composto pelos grãos de areia dos quais fazemos parte. Logo, não é o mar feito de gotas de água? As dunas de grãos de areia? As montanhas de partículas de poeira? Somos poeira estelar? Átomos, corpúsculos na melhor das hipóteses… Mas também nós podemos ter dimensão, nem que seja nos actos.
Então, sejamos relevantes para quem connosco partilha o seu caminho, seja por 5 minutos ou por uma vida, sejamos reais, que entendamos que “eu” não termino onde começa o “outro” que nós somos o outro e que as nossas acções, por mais pequenas que sejam, não são inócuas, inodoras, incolores, assépticas… irrelevantes no pequeno universo em que nos inserimos. Que são só nossas… nunca são só nossas…
2 comentários:
fazes acreditar que a humanidade ainda tem hipótese.bjG
http://open-sourcepoetry.blogspot.pt/2006/02/meu-acto-teu-acto.html
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